Sendo muito parecido com o ataque de pânico, no estresse pós-traumático, ele é o resultado quando uma pessoa passa por situações de choque como situações de violência, abusos, assaltos, sequestros, deslizamentos, tortura, acidentes, terremoto, morte em massa, guerra, perseguições, ataques com bombas, e outros. Essas situações e outras que podem resultar num trauma.
São situações onde a pessoa vivenciou e se sentiu ameaçada, sem saída, desesperada e apavorada. E também em situações onde a pessoa vivenciou, testemunhou ou até ouvir falar pode desencadear o trauma.
A partir dessa experiência traumática, a pessoa passa a ter a revivescência do ocorrido, o chamado flashback ou partes fragmentadas como um filme ou pesadelos que fazem com que ela paralise, comece a evitar certas situações que possam despertar gatilhos emocionais.
Sintomas
- A pessoa se isola;
- Evita sair, dirigir, até trabalhar;
- Fica Hipervigilante, em estado de alerta e ansiedade constante;
- Palpitações;
- Sensação de falta de ar ou de sufocamento;
- Medo de perder o controle, enlouquecer;
- Sensação de desespero e descontrole;
- Tremores, Suores, Taquicardia;
- Formigamento nas extremidades;
- Tensão e muitos outros.
Muitas vezes isso resulta no abuso de álcool, remédios, drogas e jogos como meios para fugir desse tipo de situação. Em muitos casos, se torna comum a busca para tratamentos de alcoolismo, vícios, depressão quando a causa é um estresse pós traumático.
Certas pessoas, por exemplo, ao sofrer um trauma como um acidente de ônibus, poderão pensar de forma mais otimista como: “foi um acidente terrível, mas sobrevivi”. Porém, outras podem ficar paralisadas, algo que depende do terreno emocional, mais ou menos fértil de cada um.
Outros traumas como abandono, perdas, abusos e bullying na infância geram também uma grande carga emocional.
Há casos de certas situações perturbadoras como, por exemplo, um trágico acidente envolvendo familiares que pode traumatizar de forma tão profunda, deixando ela se sentir culpada, constrangida ou pode ocorrer a Despersonalização, ou seja, a pessoa se sente desconectada de si mesmo, confusa, perde o discernimento e ela não consegue reconstruir o episódio de forma lógica e coerente.
A Desrealização, que é a sensação de um filme, acaba desconectando a pessoa do ambiente e do aqui e agora. Nesses casos, o trauma foi alto ao nível do inconsciente “se desligar da realidade”.
O Transtorno Pós Traumático na visão da TRG
Quando acontece o evento traumático, o nosso inconsciente registra tudo: sons, cheiros, temperatura, pessoas, objetos, texturas, cores e todos os elementos ligados ao trauma.
O inconsciente tem suas regras: ele é atemporal, isto é, não existe passado nem futuro, apenas o presente, busca o equilíbrio e o bem-estar, não encontrando, generaliza e entra em compulsão e repetição de modo que fiquemos em estado de alerta para perceber o “perigo”.
Assim, ao depararmos com algum elemento que fez parte do trauma, não importa se é real ou imaginário, se dispara um gatilho emocional, e é acionado o alarme, automaticamente nosso cérebro envia um comando para as nossas supra renais produzirem adrenalina, e aí inicia-se o circuito da adrenalina e ocorre uma crise.
Muitas vezes o ataque de pânico acontece “do nada” e a pessoa não tem ideia do motivo, mas foi porque houve um gatilho que disparou a adrenalina, começando o ciclo da ansiedade, e ela não sabe conscientemente que aquilo está associado ao trauma.
Prejuízos na vida da pessoa
As crises fazem com que o cliente se sinta cada vez mais inseguro, com medos e ansiedade, resultando no afastamento do seu convívio social, perdendo boas oportunidades, além das emergências e idas a hospitais e médicos durante as crises.
O que fazer?
As recomendações são praticamente as mesmas utilizadas para lidar com o pânico. A TRG que vai reestruturar todo o psiquismo, libertando a pessoa de todos seus traumas e dores, e em alguns casos muito graves, no início, a pessoa poderá precisar de auxílio de fármacos em pequenas doses, sempre acompanhado por um médico psiquiatra.
Outras recomendações para lidar com o estresse pós-traumático, são:
Treinos e exposições imaginárias, sempre de forma gradual da que causa menor pavor até a que causa maior pavor, seguidas depois de treinos e exposições reais para enfrentar as situações mais difíceis e temidas.
Exercitar a respiração diafragmática, relaxamento muscular progressivo, o uso de florais, óleos essenciais e exercícios também são excelentes aliados.
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