A compulsão se manifesta como uma imposição, uma exigência interna e irresistível que levanta no indivíduo um forte desejo de realizar determinado comportamento, de forma repetitiva e excessiva. Buscando aliviar uma aflição interna.
A questão é que ao saciar o desejo de concretizar o comportamento,o sujeito experiencia, normalmente, uma sensação de culpa, pesar e baixa autoestima. Afinal, tem consciência da compulsividade de seu ato, porém não consegue controlá-lo.
Compulsões ocorrem em situações de ansiedade e estresse. Vejamos, como a TRG (Terapia de Reprocessamento Generativo) compreende a compulsão.
Boa leitura!
O que é Compulsão?
A TRG entende que todo excesso carrega uma falta, um trauma ou marcas emocionais diversas, como: abandono, desproteção, falta de afeto, abusos, bullying, humilhação, comparações injustas, desprezo, medos, situações que geraram ansiedade, medo, sensações de perigo e angústia, etc. A depender de um terreno emocional mais ou menos fértil, esses registros disparam o sistema de recompensas, gerando grande necessidade de aceitação e preenchimento de um vazio interior.
Segundo as regras do Inconsciente (nosso software mental): O Inconsciente é atemporal, ou seja, não existe passado, nem futuro, apenas o presente. Ao registrar um trauma, o inconsciente busca o equilíbrio, o bem estar, caso não aprenda registra a dor generalizando-a, entrando, assim, em repetição e compulsão. Mantendo a pessoa congelada na dor. Congelamento que, por sua vez, age no piloto automático, sempre atuando por trás de todas as situações. A abordagem da TRG, portanto, enfatiza que todos os transtornos e compulsões, seguem esta mesma lógica; logo, tudo que é justificador da mente é equivocado na visão da TRG.
Existem diversos tipos de compulsões: alimentar, por jogos, por compras, por sexo, de acumulação e outros. Mas para a TRG a lógica é a mesma, o excesso de ansiedade e a necessidade de preenchimento do vazio interior são os responsáveis pelo comportamento compulsivo.
Neste artigo abordaremos o que é a Compulsão e a Compulsão Alimentar. Todas, causadoras de prejuízos para a saúde, o bem estar e a autoestima baixa.
Compulsão alimentar
A compulsão alimentar é caracterizada pela ingestão exagerada de alimentos, onde a pessoa come automaticamente, mesmo sem fome, perdendo o controle da quantidade. Se sentindo “momentaneamente mais aliviada”, a pessoa, em meio à sua carência emocional, segue cedendo à compulsão alimentar. Sua prevalência é de 1 a 2% da população mundial.
Existe a fome física e a fome emocional. Na última, o indivíduo após ter tido um dia difícil, se sente triste, angustiado, ansioso, estressado e frustrado, buscando na comida a recompensa desejada. Por exemplo, uma pessoa que tenta fazer dieta e praticar exercícios: “Ah essa pizza! Esse brigadeiro! Eu mereço, afinal tive um dia ruim.” A comida vira o apoio emocional.
A TRG entende que podem existir genes associados à obesidade, em que ocorre a desregulação no corpo e faz com que a pessoa acumule mais gordura. Ou ainda, casos de ordem ambiental, como, por exemplo, italianos que consomem mais massas ou filhos de pais compulsivos que herdam o mesmo costume.
Mas não há nada de genético associado a compulsão alimentar. Existe sim, um sistema de recompensas: a comida libera substâncias que trazem sensação de bem-estar, o chocolate é um exemplo, seu consumo produz uma descarga de serotonina, causando sensação de prazer e bem-estar, além da saciedade prazerosa, e quanto mais amargor, maior a quantidade de triptofano.
Como já apontamos, existem diversos tipos de compulsão, sendo sua lógica sempre a mesma: a necessidade de preenchimento do vazio interior. Diante do congelamento emocional, a pessoa pode passar por dois caminhos distintos: ela sofreu um trauma e inconscientemente deseja “enfeiar” o próprio corpo, para torná-lo menos atraente, e assim, comer ainda mais entrando em compulsão, pois a dor estará ali, ativa o tempo todo, portanto o melhor é manter o corpo grande, como uma “proteção”, caso tenha essa tendência.
Ou, o outro caminho é a criança que sofreu desprezo, abandono e desamor, carregando aquela dor, aquele vazio, preenchê-lo com comida, por conta do estímulo e sensação de prazer, além da associação da comida a bons momentos, com amigos, etc.
Diversas doenças e emoções levam a um desequilíbrio hormonal, as de maior impacto são: depressão, ansiedade, além de outros transtornos como, bulimia, distúrbio de imagem. No fundo, tudo tem relação com a comida, tornando frequente a ingestão rápida e escondida, com oscilações de humor como tristeza, culpa e vergonha.
Em alguns casos, a pessoa consome alimentos estranhos, como: pote de margarina, feijão gelado com queijo, lata de leite condensado e leite ninho, etc. Sentindo prazer em comer, apresentando pouca preocupação com o peso (entre comer e engordar, opta por comer).
Além do descontentamento com a própria imagem e a baixa autoestima, aliado a indústria de roupas no Brasil, que confecciona peças de modelagem pequena, mais as críticas da mídia, que impõem um padrão de corpo a todo custo. A compulsão alimentar pode gerar, ainda, doenças como: diabetes, desregulação das glândulas hormonais, gordura no fígado e nas vísceras, excesso de peso, problemas na coluna, entre outros.
No tratamento da compulsão alimentar com a TRG, seu inconsciente irá liberar os traumas e bloqueios, para, assim, reprocessar e dissolver as origens dos problemas que mantém a compulsão. O objetivo do tratamento é te libertar dos gatilhos que provocam o comportamento compulsivo.
Ao longo do tratamento, à medida que é reestruturado todo o seu psiquismo, você irá perceber excelentes resultados, tanto ao atingir uma melhora na imagem física, quanto no bem estar e na autoestima, podendo levar a vida com mais leveza. Alguns casos podem incluir o tratamento com nutricionista, personal e médico.
Aguardo você!