A educação sexual é essencial para saúde emocional das relações
Quando os noivos se casam ou iniciam uma união estável, eles estão cheios de alegria, sonhos e expectativas diante da construção de uma vida em comum.
Nesse contexto, além do afeto e da intimidade, a educação sexual se destaca como um dos pilares do relacionamento. Ela deve ser priorizada, pois tem o potencial de impactar profundamente outros aspectos da vida a dois.
Estudos demonstram que casais que desfrutam de uma vida sexual satisfatória tendem a relatar maiores índices de felicidade, cumplicidade e estabilidade conjugal.
Quando ambos os parceiros se sentem atendidos em suas necessidades íntimas, isso cria um ciclo positivo de conexão e bem-estar, fortalecendo a relação como um todo.
Por outro lado, a falta de satisfação sexual é frequentemente citada como um dos principais fatores que contribuem para crises conjugais e, em última instância, para o divórcio, por não cuidarem da educação sexual.
Nos últimos anos, tem-se observado um aumento significativo nos índices de divórcio ao redor do mundo. Entre as razões mais comuns estão a falta de comunicação, problemas financeiros e infidelidade. Entretanto, a insatisfação com a vida íntima também desempenha um papel crucial.
É valido dizer, que muitos casais entram no casamento com expectativas irreais sobre sexo e intimidade, frequentemente influenciados por mitos culturais ou falta de educação sexual.
Essa falta de preparo pode levar a frustrações e ressentimentos, criando uma distância emocional que muitas vezes é difícil de superar.
Mitos sobre a sexualidade no casamento
Muitos comportamentos e expectativas em relação à sexualidade são fortemente impactadas por mitos distorcidos, gerando tabus e até problemas sexuais.
Mitos são construções sociais, e dentre tantos mitos sobre os relacionamentos, casamentos, noivados, namoros mais longos, existem vários mitos que carregam alta carga emocional. Por exemplo:
- “Se eles se amam, vão saber se satisfazer”: Essa crença é particularmente comum entre casais virgens que acreditam que o amor é suficiente para garantir uma vida sexual satisfatória. No entanto, é importante compreender que amor e sexo são dimensões distintas. Embora o amor seja uma base importante, ele não substitui a necessidade de conhecimento e comunicação sobre as preferências e necessidades de cada parceiro.
- “Se eles se amam, vai dar tudo certo”: Essa ideia sugere que problemas sexuais indicariam falta de amor, o que é um equívoco. Quando o sexo não corresponde às expectativas, muitos casais acabam se sentindo frustrados, ansiosos e, eventualmente, distantes emocionalmente. Isso pode levar a desentendimentos, indiferença, afastamentos e, em casos mais graves, crises conjugais ou desfechos negativos, como infidelidade e divórcio.
Na orientação sexual para noivos e casais, baseada em evidências científicas, abordamos a educação sexual de forma aprofundada. Alguns dos temas tratados incluem:
- Expectativas realistas sobre o sexo: Desmistificando mitos e crenças, e ajudando o casal a alinhar suas expectativas.
- Assertividade sexual
- Comunicação assertiva: a importância de se expressar desejos, limites e preocupações de maneira clara e respeitosa.
- Intimidade e prazer: Compreender a lógica da verdadeira intimidade e como ela se conecta ao prazer.
- Autoconhecimento
- Elementos que interferem: autoimagem, estímulos inadequados,
- Erotismo, repertório e fantasia
- Exemplos do que pode dar errado: resultando em falhas
- Estilos de vida disfuncionais: Identificar estilos de vida e práticas que podem ser destrutivas para a sexualidade.
- Práticas terapêuticas:estratégias para superar bloqueios ou dificuldades sexuais
- dentre outros
Dito isso, é importante ressaltar que ter educação sexual é uma fonte poderosa de conexão e felicidade no relacionamento.
No entanto, ignorar ou subestimar sua importância pode abrir espaço para mal-entendidos e ressentimentos.
O objetivo da educação sexual para noivos e casais é ajudar os parceiros a se prepararem para os desafios e as recompensas de uma vida sexual compartilhada, promovendo um relacionamento mais saudável, equilibrado e duradouro.
A abordagem proposta diferencia-se dos modelos convencionais ao considerar a empatia e o respeito às diversidades de opiniões e pensamentos.
Em resumo, a Terapia cognitiva sexual, considera-se os aspectos biopsicossociais. Não se trata apenas de fornecer informações, mas de criar um espaço seguro e de confiança, de modo que se possa falar com clareza as questões íntimas com liberdade e apoio profissional.
A Terapia Cognitiva voltada para educação sexual tem uma metodologia científica e atualizada que busca orientar os casais para que desenvolvam autoconfiança e autonomia em suas relações, promovendo uma vida sexual mais saudável, plena e harmoniosa.
Afinal, uma sexualidade satisfatória contribui significativamente para a felicidade e longevidade do relacionamento.